A Culpa de Parar |
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A cultura de exaltar a “correria” fez com que associássemos descanso à preguiça, como se desacelerar fosse algo errado |
Hoje pela manhã, recebi de uma amiga uma imagem que dizia: “Romantizam tanto a rotina exaustiva que, quando você para pra descansar, sente culpa.” Essa frase me fez pensar sobre como vivemos em um ciclo de produtividade constante, como se estar ocupado o tempo todo fosse um troféu.
Vivemos em uma época em que parece que só somos valorizados se estivermos correndo. A rotina diária é tão cheia de compromissos, tarefas e responsabilidades que, quando finalmente encontramos um momento pra descansar, seja para assistir a um filme, tomar um chimarrão ou simplesmente não fazer nada, surge a CULPA. Como se pausar fosse um luxo que não MERECEMOS.
E agora, com o final do ano chegando, a sensação de urgência só aumenta. É fechamento de projetos, preparação para as festas, organização do próximo ano... Parece que tudo acontece ao mesmo tempo, deixando pouco espaço para respirar. E mesmo assim, quando conseguimos parar, nos cobramos: "Será que não estou sendo produtiva o suficiente? Será que deveria estar fazendo algo mais útil com esse tempo?"
Mas por que nos sentimos assim? Talvez porque a cultura de exaltar a “correria” fez com que associássemos descanso à preguiça, como se desacelerar fosse algo errado. Isso não poderia estar mais longe da verdade. Descansar não é preguiça; é essencial. É nesse momento de pausa que recarregamos nossas energias, reorganizamos nossos pensamentos e encontramos equilíbrio. Sem isso, a exaustão toma conta e acabamos rendendo menos, tanto no trabalho quanto na vida pessoal.
Com um novo ano batendo à porta, talvez seja o momento de questionar essa ideia de que precisamos estar sempre ocupados. O que realmente importa? Cumprir listas intermináveis de tarefas ou viver com qualidade e presença?
Descansar não é algo pelo qual devemos nos sentir culpados, mas sim gratos por poder fazer. Afinal, o descanso nos prepara para dar o nosso melhor nos momentos que realmente importam.
E você? Já sentiu culpa por simplesmente parar?
Um Beijo no coração!