Ela Correu com a Perna Quebrada. E você, até onde Iria? |
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Essa determinação, essa força de vontade, são qualidades que podemos levar para a vida, para o trabalho, para os desafios do dia a dia |
Todos os dias ela passa correndo pela frente da minha casa. Faça sol, faça chuva, fique frio ou calor, lá está ela, firme no seu ritmo. Sempre admirei essa determinação. Aos 52 anos, participa de maratonas, desafia a si mesma, supera limites. Mas o que aconteceu dias atrás me fez enxergar essa força de vontade com ainda mais respeito.
Ela participou do Circuito TTT, uma prova de revezamento de mais de 80 quilômetros no litoral.
Já no início da corrida, sentiu uma dor muito forte na perna. Não parou pois "precisava" completar os 10 quilômetros do trecho que lhe cabia. E assim foi, correndo e chorando de dor, sem desistir. Somente ao finalizar o seu percurso, passou a vez para suas colegas e foi ao hospital. O diagnóstico? Perna quebrada. Estima-se que tenha percorrido cerca de 7 quilômetros com uma perna fraturada.
O que é isso, senão garra? O que é isso, senão um compromisso inabalável consigo mesma e com sua equipe?
Fiquei pensando nessa história e no quanto, muitas vezes, desistimos no primeiro obstáculo. No primeiro não, na primeira dificuldade, na primeira dor. Quantas vezes deixamos nossos medos e inseguranças nos paralisarem antes mesmo de tentarmos?
Essa mulher não correu apenas por uma prova, ela correu por um compromisso. Um compromisso com suas colegas, mas, acima de tudo, consigo mesma.
Ela nos mostra que somos muito mais fortes do que imaginamos, que nossa mente nos leva além do que o corpo acredita suportar. E não se trata de ignorar os limites do corpo ou da saúde, mas de enxergar até onde podemos ir quando temos um propósito claro, quando pensamos em algo maior. Essa determinação, essa força de vontade, são qualidades que podemos levar para a vida, para o trabalho, para os desafios do dia a dia.
Apesar da dificuldade, sua equipe, competindo com outras 60, conquistou o quarto lugar. Um resultado que reflete não apenas a performance, mas a resiliência e o espírito de equipe.
Não vou citar seu nome porque ela não gosta de "holofotes", mas, se ela me autorizar, farei questão de compartilhar quem é essa mulher incrível. Porque ela é uma inspiração. E espero que ela saiba disso.
Beijo no coração!