A advogada Adriane Grzybovski Dias da Silva lançou neste fim de semana o primeiro livro de sua autoria. A publicação chega ao mercado nacional pela Editora Advogado 10x com textos que unem expertise profissional e conhecimento jurídico para traduzir a Lei do Superendividamento (Lei nº 14.181/2021) e ajudar pessoas endividadas a resgatar a dignidade financeira.
O livro vai além da análise jurídica e se propõe a ser um manual de recomeço, especialmente para o público de servidores públicos, aposentados e professores que, apesar da estabilidade, vivem o drama do superendividamento.
De acordo com a legislação, superendividamento é:
"A impossibilidade manifesta de o consumidor pessoa natural, de boa-fé, pagar a totalidade de suas dívidas de consumo, exigíveis e vincendas, sem comprometer seu mínimo existencial." (Art. 54-A, § 1º do CDC).
A dívida como problema humano e social
Segundo a autora, o livro nasceu de sua indignação ao constatar que a maior dívida que seus clientes carregavam não era com o banco, mas sim uma "dívida de conhecimento". Adriane, que une mais de três décadas de prática contábil à inteligência jurídica, percebeu que o superendividamento no Brasil é um problema "jurídico, social e profundamente humano".
Em seu prefácio e introdução, a advogada detalha a realidade de quem acorda pensando em boletos e se sente envergonhado ao abrir o aplicativo do banco, alertando que a dor do endividamento é também emocional, familiar e social. A obra mira desmistificar o estigma de que "quem se endivida é quem gasta demais", mostrando que muitos endividados são pessoas honestas e trabalhadoras arrastadas por armadilhas do sistema financeiro, como juros abusivos, venda casada de seguros e concessão irresponsável de crédito.
A lei como ferramenta de libertação
O foco central da publicação é a Lei nº 14.181/2021, a Lei do Superendividamento, que é apresentada como uma "conquista histórica" e uma ferramenta de "libertação e resgate da dignidade".
Adriane Grzybovski se posiciona como uma "tradutora", que converte o "juridiquês e o "economês" para o bom e velho português, garantindo que o conhecimento jurídico seja uma ferramenta acessível a todos.
O livro promete oferecer aos leitores:
- Conhecimento jurídico sem complicação.
- Orientações práticas para reorganizar a vida financeira.
- Ferramentas legais para renegociar, reequilibrar e retomar o controle.
- A preservação do mínimo existencial e a suspensão temporária das cobranças, conforme previsto na lei.
Experiência
A autora, que também atua como Perita Contábil Judicial em Tribunais do Rio Grande do Sul e Tocantins desde 2013 e se dedica ao Direito Bancário desde 2023, afirma que o livro é a síntese de sua jornada profissional e seu propósito: "dar voz a quem sofre calado" e mostrar que "há, sim, um caminho jurídico, humano e digno para recomeçar".

