CURIOSIDADES
Cloroquina O que é, sua história, uso clínico
   
Tanto ouvimos sobre Cloroquina, mas pouco sabemos. Nós fomos atrás de informações para esclarecer pra vocês um pouco sobre o assunto

Por Adriana Müller Lara
18/05/2020 14h29

O que é Cloroquina?

Cloroquina é um medicamento usado no tratamento e profilaxia de malária em regiões onde a malária é susceptível ao seu efeito. Em alguns tipos de malária, estirpes resistentes e casos complicados geralmente é necessário administrar outros medicamentos. A cloroquina é ocasionalmente usada no tratamento de amebíase extraintestinal, artrite reumatoide e lúpus eritematoso. É um medicamento de administração oral. 

Os efeitos adversos mais comuns são problemas musculares, perda de apetite, diarreia e erupções cutâneas. Entre outros efeitos adversos mais graves estão problemas com a visão, danos musculares, crises epilépticas e baixa concentração de células sanguíneas. A cloroquina faz parte de uma classe de medicamentos denominada 4-aminoquinolinas. O medicamento atua contra a forma assexual de malária no interior das hemácias.

A cloroquina foi descoberta em 1934, pelo investigador da Bayer, Hans Andersag. Faz parte da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde, uma das mais eficazes, seguras e fundamentais num sistema de saúde. Está disponível como medicamento genérico.

História

No Peru, os povos indígenas extraíam a casca da folha da árvore de Cinchona (Cinchona officinalis) e utilizavam seu extrato para tratar a febre e calafrios no século XVII. Em 1633, essa erva medicinal passou a ser utilizada na Europa para os mesmos usos, e também para utilização contra a malaria. A droga quinina anti-malárica foi isolada desse extrato em 1820, e a cloroquina é parte análoga disso.

A cloroquina foi descoberta em 1934 por Hans Andersag e os seus funcionários dos laboratórios da Bayer, batizando-a com seu primeiro nome de referência: Resochin. A droga foi ignorada por uma década, porque era considera muito tóxica para uso humano. Ao invés disso, a DAK usou a cloroquina análoga, a 3-metil-cloroquina, conhecida como Sontochin. Após as tropas aliadas chegarem em Tunis, a Sontochin caiu nas mãos dos Norte Americanos, que a enviaram de volta para os Estados Unidos para análise, levando um novo interesse pela cloroquina. Os Estados Unidos da América fizeram propagandas e deram suporte aos ensaios clínicos para usos contra a malária, em que depois foi revelado que a cloroquina tinha um efeito terapêutico significativo como droga antimalárica. Em 1947, a droga foi aprovada para usos clínicos no uso profilático contra a malária.

Usos clínicos

Malária

A cloroquina é utilizada para o tratamento e profilaxia da malária provocada pelos protozoários Plasmodium vivaxPlasmodium ovale, e P. malariae. Não é recomendada para tratamento ou prevenção quando o protozoário da malária for o Plasmodium falciparum, visto que este começou a desenvolver uma resistência contra a droga.

A cloroquina foi utilizada em massa durante os períodos de surto por malária, o que pode ter contribuído para que os protozoários desenvolvessem uma resistência contra a droga. Logo, antes do seu uso, é importante verificar se a cloroquina ainda é efetiva em determinada região, e se existem históricos de surtos na respectiva região. Neste caso, outras drogas alternativas contra a malária como mefloquina ou atovaquona podem ser utilizadas como medicamentos substitutos para o tratamento.

Centro de Controle e Prevenção de Doenças não recomenda a cloroquina sem medicamentos coadjuvantes para o tratamento da malária, já que é melhor efetiva utilizada em combinação.

Amebíase

No tratamento do abcesso de fígado por amebíase, a cloroquina pode ser utilizada, ou combinada com outras medicações se o paciente não apresentar melhoras e/ou apresentar intolerância com o metronidazol, ou algum nitroimidazol no período de 5 dias. Neste cenário, a troca para a cloroquina pode ser indicada.

Doenças reumatológicas

Como suprime levemente o sistema imunológico, a cloroquina é usada em algumas doenças de natureza autoimune, tal como artrite reumatoide, ou lúpus eritematoso.

Efeitos adversos

Os efeitos adversos da cloroquina incluem visão turva, náusea, vómito, dores abdominais, dor de cabeça, diarreia, tornozelos/pernas inchadas, respiração curta/dificuldade para respirar (dispneia), lábios/unhas/pele pálida, fraqueza muscular, sangramentos ou hematomas, problemas de audição, e problemas de natureza mental. Outros efeitos mais raros incluem problemas cardiovasculares e alterações no sangue.

  • Movimentos involuntários (incluindo espasmos da língua e do rosto).
  • Surdez e zumbidos.
  • Náusea, vômitos, diarreia, dores abdominais.
  • Dor de cabeça.
  • Alteração de humor e mudanças mentais (tais como confusão, mudança de personalidade, pensamentos/comportamento estranho, depressão, sensação de estar sendo observado, alucinações).
  • Sérios sinais de infecção (tal como febre alta, calafrios profundos, e dor de garganta persistente).
  • Coceira de pele, mudanças no tom de pele, perda de cabelo, e erupções cutâneas. 
  • Gosto metálico na boca.
  • Retinopatia por cloroquina.
  • Mudanças no eletrocardiograma (ECG).

Com informações de Wikipédia

   

  

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