A vacina chinesa Coronavac, fabricada pelo laboratório Sinovac, começará a ser aplicada em 890 voluntários de São Paulo a partir desta terça-feira (21) no Hospital das Clínicas da capital paulista. Os testes fazem parte de uma parceria entre o Instituto Butantan e a China.

Em todo o Brasil, 9 mil profissionais da saúde devem participar desta fase de testes da vacina contra a Covid-19. “Os pesquisadores do Hospital das Clínicas vão analisar os voluntários em consultas marcadas a cada duas semanas. A estimativa é concluir todo o estudo da fase três de testes da Coronavac em até 90 dias”, afirmou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

As 20 mil doses produzidas pelo laboratório chinês Sinovac Biotech chegaram no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (20). O avião com as vacinas saiu de Frankfurt, na Alemanha, e, após 11 horas de viagem, pousou por volta das 4h20min em Guarulhos.

De acordo com o governo paulista, o Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção de até 100 milhões de doses da vacina. O acordo com o laboratório chinês prevê que, se a vacina for efetiva, o Brasil receberá ainda 60 milhões de doses fabricada na China para distribuição entre os seus habitantes.

A parceria entre o laboratório chinês e o Butantan foi anunciada no dia 11 de junho. Na ocasião, o governador João Doria (PSDB) disse que, se comprovada a eficácia e segurança da vacina, ela será disponibilizada no SUS a partir de junho de 2021.

Esses novos testes da fase 3 da CoronaVac serão feitos em larga escala e precisam fornecer uma avaliação definitiva da eficácia e segurança, isto é, a vacina precisa ser capaz de criar anticorpos para imunizar contra a Covid-19.

A vacina chinesa também será testada no Centro de Pesquisa do Hospital São Lucas da PUCRS, em Porto Alegre.

Oxford

Outra vacina que também está na terceira fase de testes é a de Oxford, que será testada no Brasil pela Universidade Federal de São Paulo. Ela foi a primeira a receber autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para os testes no País.

Com informações de O Sul