COLUNISTA
Nosso colunista Jaime Folle traz,para esta semana, A FIGURA DO PAI
   
Não se constroem famílias no viver independentes, não vai haver internet, computador, celular e outros objetos materiais, que possam substituir a figura de um pai ou de uma mãe

Por Jaime Folle
04/08/2020 15h30

Se a nossa cultura moderna, até aqui, prioriza objetivos que não contemplam tanto a família como a base da boa formação de uma sociedade de amor, fé e esperança, quero lhe informar que isso tudo vai mudar a partir da realidade que vivemos nestes últimos quatro meses. E é justamente na figura do pai bastante ausente, até então, que vai estar o suporte da grande mudança na sustentação familiar que estava fragilizada com os desgastes anteriores, onde os filhos só viam o pai e a mãe à noite e em breves momentos.

A pandemia recobrou uma necessidade básica, forçando a presença dos pais novamente em casa, até para uma briguinha saudável em família. Creio eu, que os objetos materiais e sociais que haviam tomado conta do espaço tão sagrado da família, onde a obsessão de trabalhar em demasia para sustentar uma frágil base materialista irá perder muito para a nova e grande união familiar a partir de agora, onde se percebeu quão importante isso é para todos.

O declínio do conjunto das coisas – bens, dinheiro, carro, propriedade –, que antes eram tão valorizados pela figura masculina, vai ser substituído pelo afeto, amor e espiritualidade de pai, mãe, filhos. Assim como era o espelho anterior, que nunca se conseguia ver toda a família dentro dele. A partir de agora, vai ter um novo espelho, onde poderemos ver novamente esta família ajustada, vista de todos os ângulos, como o reflexo da união. Com certeza, a nova família vai esquecer a relação narcisista que não refletia esta verdade, onde cada um queria viver este espelho do seu modo, em pedaços separados do conjunto, com imagens independentes, sem o interesse do todo.

Afinal, no espelho anterior, onde estava a figura do pai, como agregador da família? Como vai ser possível a partir de agora se manter unido à família se voltar a prevalecer a sociedade anterior, dos indivíduos independentes como era antes da pandemia? Aqueles filhos criados até aqui, demasiadamente em cima de objetos eletrônicos, sem a atenção e o carinho da mãe e o olhar seguro do pai, espero que tenha ficado no passado.

Uma família precisa necessariamente o comando do pai e da mãe para os filhos estarem mais seguros. Não se constroem famílias no viver independentes, não vai haver internet, computador, celular e outros objetos materiais, que possam substituir a figura de um pai ou de uma mãe.

Esta mensagem poderá ser apenas um grão de areia no deserto para tentar influenciar a importância da figura do pai na família, para o bem da humanidade. Podemos mudar muitas coisas, mas jamais substituir um pai ou uma mãe por objetos de domínio ou por modelagens de programas nas redes sociais para distrair as crianças.

Deus salve as famílias, na figura do pai, da mãe e dos filhos, novamente unidas na imagem do mesmo espelho.

 

Até a próxima!

   

  

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