COLUNISTA |
Resveratrol pode desempenhar papel fundamental na redução da pressão arterial elevada |
Novo estudo mostra como o composto do vinho tinto pode melhorar a saúde cardiovascular. Vitor Pereira, de O Mundo dos Vinhos, nos traz hoje uma dica preciosa. Confira! |
A hipertensão arterial é uma das principais causas de condições médicas com risco de vida, como ataques cardíacos e derrames. E de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças, ela é experimentada por cerca de um em cada três adultos nos Estados Unidos.
Por mais de uma década, os cientistas descobriram ligações entre o resveratrol, composto do vinho tinto que tem sido amplamente pesquisado por seus diversos benefícios para a saúde e baixa pressão sangüínea. Um novo estudo realizado por pesquisadores do King's College London esclareceu por que o polifenol pode ser bom para a saúde cardiovascular.
O estudo, publicado na revista médica Circulation, da American Heart Association, e financiado em parte pela British Heart Foundation, testou o resveratrol em camundongos com pressão alta e observou seus efeitos em nível molecular. Os pesquisadores descobriram que o resveratrol reduziu a pressão arterial nos ratos, assim como nos estudos anteriores. Mas eles também registraram a maneira surpreendente como isso ocorre.
"Nós mostramos que, sob condições que refletem doenças cardíacas e circulatórias, o resveratrol age como um oxidante para baixar a pressão arterial", escreveram os pesquisadores do estudo em um comunicado. Em termos simples, eles viram que o resveratrol adicionava oxigênio às proteínas, desencadeando "vasorelaxamento", o que significa que os vasos sangüíneos se expandem, permitindo que a pressão sangüínea diminuía.
Esse achado é particularmente interessante porque o resveratrol é frequentemente elogiado por suas propriedades como antioxidante - essencialmente, o oposto do que é descrito aqui. Antioxidantes têm sido elogiados por muito tempo porque, teoricamente, ajudam a defender suas células dos danos causados por moléculas potencialmente prejudiciais conhecidas como radicais livres que desencadeiam o estresse oxidativo nas células.
Fonte: Wine Spectator
Colaboração de Vitor Pereira, de O Mundo dos Vinhos |