ENSINO
Live aborda a importância da escuta na aprendizagem, dia 29.03
   
O segundo episódio da série CER com Você, Professor! terá como convidada a mestre em gestão escolar e psicopedagoga Sônia Elizabeth Bier

Por Juan Link
25/03/2021 15h49

Em uma época em que as questões relacionadas ao ensino e aprendizagem ganham cada dia mais relevância por conta do fechamento de escolas, isolamento social e ansiedade, é necessário a busca de um ponto de equilíbrio. "Nossa competência de escuta, nesse momento, se torna essencial", diz a gestora do Programa de Educação Empreendedora do Sebrae RS, Roselaine Monteiro Moraes. Por isto, a live do segundo episódio da série CER com Você, Professor! terá como tema "Escuta ativa: o que escuto com o aluno que não aprende? E como convidada a mestre em gestão escolar, psicopedagoga, pedagoga e gestora da área de Educação do SESI RS, Sônia Elizabeth Bier. A live será na segunda-feira, dia 29, às 17h. Faça sua inscrição para acompanhar o primeiro episódio da série pelo link: bit.ly/ep2cercomvcprof

 

Sônia afirma que a paralisação das atividades escolares presenciais exigiu de escola e professores a busca por alternativas para dar prosseguimento aos estudos dos alunos. "De forma muito rápida - considerando a educação básica, principalmente -, as escolas, pautadas em um modus operandi presencial, viram-se obrigadas a construir novas formas de trabalhar com seus estudantes, a fim de evitar a descontinuidade de suas aprendizagens e manter fortalecida a disciplina de estudos. Afinal, não estamos em férias! Esse movimento, construído da noite para o dia, exigiu de todos − gestores, professores, alunos e pais − uma flexibilização muito profunda e importante. Nesse cenário, diversos atores começaram a interagir intensamente em busca de um objetivo comum, sem antes ter tempo de combinar e alinhar o "jogo" e suas estratégias", observa.

 

Ela considera que a realização de tais movimentos, urgentes e inéditos, tem trazido inúmeros desafios, dentre os quais as diferenças de ritmos e expectativas tomam centralidade nas discussões. Como lidar com essas diferenças, em momentos como o que estamos vivendo, e seus efeitos na condição de aprender dos alunos? Trata-se, na verdade, de uma questão cujas respostas extrapolam as oferecidas em contexto de normalidade, envolvendo avaliações diagnósticas para apontar as lacunas e trabalhar as competências de forma diferenciada ou aulas de reforço àqueles que não conseguiram se desenvolver como o esperado. 

 

"Em nossa experiência até o momento percebemos que a melhor maneira de lidar com a questão envolve a realização de escutas e diálogos sobre a pertinência daquilo que está sendo proposto. Para tanto, a criança e o adolescente precisam viver um percurso, construir significados para formular aquilo que foi aprendido, sabendo que não se formula legitimamente aquilo que não se aprende ou se constrói. Sendo assim, as metodologias de ensino e a forma de abordar e desenvolver competências são fundamentais para dar sustentação ao processo de construção de conhecimentos e experiências. Esses diálogos auxiliam a compor a resposta, mas não a esgotam - provavelmente demoraremos a esgotá-la", salienta.

 

Durante a live também será abordado as diferenças de ritmos de aprendizagem, os alunos com dificuldades de aprendizagem. "O fundamental é que essa discussão tenha como pressuposto o fato de que a criança com dificuldade para aprender permanece criadora de hipóteses e de imagens, e seus pensamentos, ainda que com velocidade oscilante, estão sempre em movimento. Em suma, essa criança apresenta um funcionamento intelectual cognitivo por trás de sua hiperatividade, apatia ou estranheza. Todos esses pontos nos obrigam a pensar com cuidado sobre a condução do ensino remoto emergencial. Perpassando todos os desafios, permanece um desejo principal: na volta às aulas presenciais, esperamos recepcionar alunos autoconfiantes e seguros na sua capacidade de descobrir, pensar e aprender com autonomia", comenta Sônia.

   

  

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