SAÚDE
Combate ao mosquito Aedes aegypti tem ações diretas em Estrela
   
Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde intensifica visitas de agentes focadas em áreas e localidades onde houve o registro positivo de casos da Dengue

Por Rodrigo Angeli
22/04/2022 16h49

A Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Estrela tem atuado forte no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue e outras doenças. Antes mesmo do surgimento dos primeiros casos suspeitos, um ativo trabalho de fiscalização e prevenção já era realizado junto a domicílios de áreas mais atingidas em outros anos. Com a suspeita dos primeiros casos de dengue em 2022, o trabalho foi intensificado junto de ações paralelas (como os Mutirões de Limpeza contra a Dengue) realizadas por outros setores. Entre as novas medidas está a delimitação de focos em torno de domicílios com moradores que positivaram para a doença.

Visitas regulares a bairros e residências são realizadas ao longo do ano, dentro do cronograma de Levantamentos de Índice Rápido de Infestação (Lira) pelo Aedes aegypti. A coordenadora da Vigilância Ambiental, Carmen Hentschke, explica. “Nas saídas a campo, os Agentes de Endemias e também Agentes Comunitários de Saúde identificam espaços e objetos que possam conter focos com larvas do mosquito, ou potenciais criadouros, e fazem a coleta de material – larvas – para análise e identificação da espécie. Os principais criadouros são piscinas sujas, caixas d’água, prato de plantas, lonas, embalagens plásticas (baldes, copos, garrafas, potes, etc), pneus, e plantas conhecidas como perigosos criadouros, como é o caso das Bromélias. Também é realizada a orientação educativa e preventiva aos cidadãos.”

Carmen Hentschke dá como exemplo uma análise preventiva realizada pelo departamento antes mesmo do surgimento dos primeiros casos suspeitos. “Em um bairro, que não precisamos especificar pois faz parte também das nossas estratégias, foram coletadas 169 amostras, sendo que em 138 tinham larvas do mosquito da Dengue”, detalha. Mas faz uma ressalva. “Destas, 64 (37,8%) foram pegas em caixas d’água, bombonas, barris e baldes e outros recipientes usados para guardar água da chuva; 34 (21,3%) em pratos de plantas; 28 (16,5%) em recipientes considerado lixo (como potes, latas, garrafas, copos, pequenas embalagens plásticas); 10 (5,1%) em bromélias.” Neste sentido, ela ressalta. “Vale destacar que a maioria dos criadouros estão localizados em reservatórios e objetos que são de uso das famílias, mas que precisam ser usados corretamente, ou passar por higienização semanal. Reservatórios de água precisam estar fechados, pratos de plantas devem ser eliminados, pequenas embalagens devem ser retiradas dos pátios, descartadas ou armazenados em local seco, bromélias precisam ser pulverizadas com cloro a 1% semanalmente. Por isso a importância da explicação direta dos perigos e das campanhas de prevenção”, frisa.

O Comitê Municipal de Combate à Dengue esteve reunido mais uma vez na quarta-feira (22) para avaliação da situação do município e continuidade das ações de combate e prevenção à dengue. Ficou definido que o trabalho forte continua na delimitação de foco, no qual os Agentes de Endemias e Agentes Comunitário de saúde realizam visitas em um raio de 300 metros no entorno de domicílios com casos positivos da Dengue, em uma estratégia mais direta para evitar a disseminação de um surto. “A visita nas residências é uma maneira mais efetiva de realizar um bloqueio mais direto, rápido e eficiente ao surgimento de novos casos, pois a chance destes criadouros permanecerem é grande, e assim de novos mosquitos surgirem e vir a contaminar outras pessoas”, analisa. “Por isso a importância da visita, identificação destes criadouros, sua destruição e orientação aos moradores, vizinhos ou mesmo colegas”, completa, sem deixar de alertar para a necessidade sim das medidas, campanhas e trabalhos de prevenção. Nas escolas, materiais orientativos estão sendo distribuídos, inclusive para serem levados para a residência de familiares

"Melhorou a receptividade. Muitas pessoas já conhecem este procedimento, entendem a importância do trabalho. Em poucos casos ainda precisamos explicar que não se trata de uma investigação pessoal, ou que o fato de se encontrarmos algum recinto com água parada e larvas vai resultar em punição, mas sim que faz parte de um trabalho de identificação e prevenção", ressalta Carmen. "A única coisa é que, com o aumento dos casos positivos, ampliou também os locais e raios a receberem as visitas de nossos agentes.”

Ainda de acordo com a coordenadora, fica o apelo para que toda comunidade de Estrela intensifique os cuidados para evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti. “Se cada morador, empresa e comércio cuidar do seu pátio semanalmente e retirar toda água de pequenas embalagens e tratar com cloro o que não pode ser retirado, diminuiremos a infestação por este mosquito e desta maneira reduzimos as doenças que ele provoca. Somente com a união de todos teremos êxito.”

   

  

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