SAÚDE
Autismo é tema de formação na educação de Estrela
   
“Transtorno do Espectro Autista: Intervenção e Inclusão Escolar” será a capacitação promovida pela Secretaria Municipal de Educação de Estrela em parceria com a ONG Cristal Azul, em uma das ações que marca o Abril Azul

Por Rodrigo Angeli
28/04/2022 15h44

No penúltimo dia do Abril Azul, mês marcado pela conscientização do Autismo (o Dia Mundial é celebrado em 2 de abril), o Governo de Estrela, através da Secretaria Municipal de Educação (Smed), promoverá a formação “Transtorno do Espectro Autista: Intervenção e Inclusão Escolar”. A capacitação, em parceria com a ONG Cristal Azul, terá como público-alvo os monitores da rede municipal que estão envolvidos diretamente no atendimento aos alunos-foco. O encontro terá a participação da psicopedagoga Luciane Ribeiro e será realizado a partir das 13h30min, na Câmara de Vereadores de Estrela.

Na pauta do encontro e da palestra com Luciane Ribeiro, temas como a definição do Autismo; características e comportamentos de alunos autistas; aprendizagem dos mesmos; rotinas; estratégias para envolvê-los nas atividades pedagógicas e outros temas ligados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo dados da Smed, a rede municipal possui hoje 35 monitores para atender este público específico, tantos aqueles com laudo fechado, que seriam em torno de 30 alunos, como também aqueles que apenas apresentam suspeita de autismo, levando sempre em consideração a necessidade e individualidade de cada criança ou jovem.

De acordo com as coordenadoras da Educação Inclusiva da Smed, o tema merece maior atenção pois a valorização e a importância do aprendizado junto ao público-alvo vem em uma crescente, e como se busca tirar melhor proveito dos momentos que as crianças/alunos com TEA passam na escola, o trabalho realizado pelos profissionais ligados a eles é fundamental neste processo. “O trabalho do monitor é auxiliar o aluno no seu processo pedagógico, ofertando condições de desenvolvimento e aprendizagens significativas, sempre é claro respeitando e compreendendo as individualidades de casa um”, explica a coordenadora Deice Friedrich. A também coordenadora da Educação Inclusiva da Smed, Marinês Landmeier, completa. “A criança com autismo necessita de antecipação no seu dia a dia. Este processo faz com que ela se sinta segura, e por isso cresce a importância de trabalharmos baseados em uma rotina preestabelecida”, frisa.

O autismo é caracterizado por uma combinação de características pautadas pelo prejuízo na interação social e na comunicação, verbal e não verbal (gestos, por exemplo), e por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades. Usualmente o quadro tem início precoce, antes dos 3 anos de idade. A prevalência é de quatro a cinco crianças em cada 10 mil, com predomínio maior em indivíduos do sexo masculino. Em todo o mundo, mais de 70 milhões de pessoas são portadores de autismo, o que corresponde a cerca de 1% da população mundial, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas são autistas. O TEA é dividido em três níveis: leve, moderado e grave, e pode ser identificado já nos primeiros meses de contato do bebê, sendo que o diagnóstico precoce é fundamental.

   

  

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