VARIEDADES
Connection se consolida como maior evento dedicado às indicações geográficas do Brasil
   
Encontro teve programação técnica e exposição de produtos de 52 selos

Por Mariana Schumann e Camila Kosachenco
03/06/2025 15h59

Com um aumento de 92,5% no número de indicações geográficas (IGs) participantes nos últimos dois anos, o Connection Terroirs do Brasil se consolida como o maior palco para debate sobre esse mercado. Além disso, também se fortalece como encontro para promoção de conexões e exposição de produtos que carregam o selo de certificação de origem. Realizado de quarta (28) até sábado (31), em Gramado (RS), o evento reuniu 52 IGs nesta edição.

Realizado pela Rossi & Zorzanello com correalização do Sebrae, o Connection vem ganhando mais relevância nacional, o que, na avaliação de Marta Rossi, CEO da Rossi & Zorzanello, é fundamental para a ampliação do setor. "Estamos vivendo a valorização do nosso território e é em cima dele que a gente cresce".

Na primeira tarde aberta ao público em geral, a Alameda Terroirs – área destinada à exposição, degustação e comercialização de produtos com IG – movimentou mais de R$ 40,5 mil, estima o Sebrae. Para além dos valores já confirmados, há expectativa de mais de R$ 110 mil em negócios fechados para o público B2B. A despeito dos dados preliminares, Eduardo Zorzanello, também CEO da empresa, apontou que, o mais importante é a herança que o evento deixa para produtores e artesãos. "Não são apenas os números que demonstram a grandeza do Connection. É, principalmente, o legado e a possibilidade de contar novas histórias".

Em sua oitava edição, o Connection Terroirs do Brasil valoriza, fomenta e impulsiona a comercializa produtos brasileiros reconhecidos com Indicação Geográfica (IG) – um selo concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) que atesta a qualidade e a identidade de produtos ligados ao seu território de origem.

Atualmente, existem 134 IGs no Brasil e outras 43 estão depositadas no INPI aguardando análise, afirmou Maira Fontenele Santana, coordenadora do Núcleo de Inovação Territorial do Sebrae e uma das responsáveis por fazer o diagnóstico de possíveis indicações e apoiar os produtores e artesãos com toda a documentação para requerer o selo. "O Brasil tem potencial para ter mais IGs do que toda a Europa. Mas ainda estamos na "adolescência" do processo. Temos muito a amadurecer", afirmou.

 

   

  

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