As enchentes fizeram com que o Governo do Estado compreendesse a importância de dar seguimento aos macro objetivos e projetos elencados pelo Comitê da Bacia Taquari-Antas como fundamentais em relação aos nossos recursos hídricos. As fases A e B do plano da bacia já estão prontas desde 2012, ou seja, mais de uma década. Na metodologia de trabalho, essas etapas são as de diagnóstico e prognóstico. Já a terceira e última fase é a de implantação. Essa estava parada no governo estadual, que é o responsável por executar os projetos, segundo a legislação.

Depois da enchente de setembro do ano passado, as coisas começaram a andar, conforme relata o vice-presidente do comitê da bacia, Júlio Salecker. De acordo com ele, abriram-se espaços de entendimento e de vontade política, com um olhar mais voltado aos problemas das enchentes no Vale do Taquari.

Salecker conta que foram designados servidores do Departamento Estadual de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS) para terminarem os termos de referência, documentos necessários para a contratação dos projetos prioritários.

Em 2012, o olhar era mais voltado à qualidade de água. Agora, passados todos esses eventos climáticos extremos, o foco foi dividido em dois eixos: a redução da carga orgânica e o combate aos efeitos dos eventos climáticos de origem hídrica, o que inclui tanto as enchentes como as estiagens. “É mais na linha de quantidade de água e não da qualidade de água”, explica Salecker.

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