ESTRELA
Perda de jovens talentos preocupa CEO da Fiergs
   
Paulo Herrmann palestrou na reunião almoço da Cacis Estrela na sexta-feira, dia 27

Por Júlio César Lenhard
30/09/2024 16h09

Na sexta-feira (27) a Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio de Estrela (Cacis) realizou mais uma edição de sua Reunião Almoço no Estrela Palace Hotel. A principal atração foi a palestra do CEO da Federação das Indústrias do Estado do Rio grande do Sul (Fiergs), Paulo Herrmann. Em sua explanação uma das afirmações que se destacou foi a de que nas últimas duas décadas, o Rio Grande do Sul perdeu para outros estados, cerca de 700 mil talentos em idade produtiva. "Eles saíram daqui porque não viram perspectivas para seguir em solo gaúcho", analisou. Palestrante pontuou a necessidade de quatro principais ações para a transformação da indústria gaúcha, e a atual gestão da Fiergs pretende implantar.

Herrmannn entende o quê o primeiro desafio é trabalhar na melhoria da competitividade. A segunda ação, segundo ele, é acompanhar a evolução da tecnologia para a inovação. A terceira grande necessidade é a retenção de talentos, justamente o ponto em que o CEO trouxe os números que chamaram a atenção de quem assistia. Ele ainda destaca uma quarta ação que seria a de cobrar as promessas dos governos, visando a reconstrução do Estado após as catástrofes climáticas. 

Paulo Herrmann ainda salienta que a maior contribuição para a recuperação e também para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, precisa partir das empresas. "Essa retomada depende das Indústrias se esperarmos pelo governo, que tem uma capacidade de investimento muito pequena, não vai adiantar", projetou.

Além disso, o executivo ainda apresentou indicadores que causam preocupação. Um dos que foram abordados, aponta que 95% das indústrias do estado, têm menos de 50 funcionários. "A indústria gaúcha nas últimas duas décadas cresceu apenas 2,1%, e nós temos que observar que os jovens não querem mais trabalhar na indústria porque não querem mais lidar com máquinas antigas, máquinas que já têm cerca de 15 anos", explanou.

   

  

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