REGIÃO
Sincovat contabiliza 500 demissões na região 200 são no setor calçadista como reflexo de incêndio
   
Classe contábil pede que a Receita Federal prorrogue o prazo para a declaração do imposto de renda.

Por Grupo Independente
31/03/2020 10h32

Vale do Taquari/Rs - Em meio à pandemia de coronavírus, crescem as preocupações com os reflexos econômicos e possíveis demissões como reflexos de medidas restritivas à propagação da doença, que atingem em cheio atividades como comércio, indústrias e serviços. O presidente do Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade do Vale do Taquari (Sincovat), Rodrigo Kich, nota que “a grande massa das empresas optaram por concederem férias”.

Apesar de expor a apreensão, ele evita fazer projeções em matéria perda de empregos. Prefere trazer dados que o Sincovat e Associação das Empresas de Serviços Contábeis (Aescon) já tem consolidados pelas suas diretorias, que são de 500 demissões, em setores como comércio e prestadoras de serviço, por exemplo.

Os números não incluem os de negócios que têm contador próprio. E nem todas são pela pandemia da doença originada na China, cabe ressaltar. Kich cita, por exemplo, 200 demissões de uma empresa ligada à Calçados Beira Rio que teve a sua fábrica em Mato Leitão destruída por um incêndio.

“A questão de impacto é relativa. Por exemplo: uma pequena empresa que tinha dois funcionários e realizou a demissão de um, é uma redução de 50%”, lembra.

O Sincovat fica atento às movimentações após o retorno das férias forçadas pelo coronavírus, quando o quadro permitirá uma visão mais clara do cenário de empregos.

“Aguardarmos as decisões que ocorrerão nos próximos dias, se haverá retomada das atividades como um todo e ver como se comporta o mercado agora, no momento que essas pessoas que estão em férias retornarem ao trabalho. Aí podemos ter algumas surpresas desgostosas”, projeta.

Imposto de renda

A classe contábil mostra preocupação com a declaração do imposto de renda à Receita Federal. Pelo atraso na atividade das empresas, pede que o Fisco amplie o prazo para a declaração, que se encerra em 30 de abril.

“O recebimento das declarações estava normal até dia 20 de março. É muito provável que o porcentuais de declarações que a receita federal esteja recebendo caia bastante e, ai sim, a gente tem mais uma brecha para que a declaração do imposto de renda seja postergado”, acredita o presidente do Sincovat, Rodrigo Kich.

Saiba mais

O Sincovat suspendeu os cursos e demais eventos programados para o mês de março. A medida foi adotada de forma preventiva e atende as orientações das autoridades de saúde. A retomada depende da normalização do quadro geral. O sindicato, integrante do fórum de entidades empresariais e sociais de Lajeado, defende a abertura gradual do comércio, observando as medidas preventivas de saúde.

   

  

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