COLUNISTA
A falta de talento para algo, não determinará quem eles serão no futuro
   
Nossa colunista Tas Campos Corrêa, nesta semana, fala sobre o talento de cada um. Confira!

Por Tas Campos Corrêa
10/09/2020 10h38

Temos vivido a era da falta do contato físico entre educadores e alunos. Levamos uma vida toda para construirmos a ideia de que olhando nos olhos e sentindo o outro, era quase que o caminho perfeito para a sapiência. 
...De repente e muito de repente, se fez necessário a construção de um novo trajeto, antes nunca visto e sem previsão para acabar. Durante um tempo em que, mais do que nunca, muitas crianças penam fora do verdadeiro mundo escolar, onde a precariedade bate muito mais à porta, muitas outras choram que não sabem, não gostam ou não aprendem. São poucas, as que estão “tirando de letra” esse novo tempo.
As emoções ficaram mais próximas das adversidades para a maioria dos seres humaninhos, tão imaturos para a nova normalidade. 
A falta do enlace entre o emocional e o cognitivo, dificultou o gosto pela estudo e acentuou a sensação de incapacidade em certas áreas do conhecimento.
Falar sobre seus próprios talentos ou a falta deles( afinal, nem todos são iguais), talvez seja uma boa hora ou a melhor hora. 
Lidar com o que lhes falta com mais tranquilidade e compreender o que lhes sobra com muita positividade, talvez seja o ideal para fortalecermos essa fase de tantas inseguranças onde a vida pede mais calma; onde manter-se vivo e comprometer-se em ajudar nos desafios de um luta coletiva valide suas importâncias, afinal, não é fácil ver-nos sepultando um passado, para circunscrever novos termos, inclusive em suas aprendizagens.
E quando eles chorarem, que seja pela falta temporária dos que lhes são caros e nunca, jamais, por suas próprias incapacidades.
Nenhuma criança merece ser torturada em suas fragilidades ou por suas diferenças, mas merece sim, ser fortalecida em sua potencialidades.
Talento, auto estima, independência, capacidade de superação, só podem ser trabalhados por adultos preparados que entendam que onde mais há facilidade, ali também mora suas verdadeiras e únicas  realizações.
E amanhã, tão muito de repente, assim como suas próprias evoluções, que eles consigam refazer um novo universo para aquelas crianças que,  além de se sentirem incapazes, ainda precisam lidar com a escassez do que lhes é, apenas, essencial.

   

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