Em uma sociedade cada vez mais conectada e cheia de informações, o verdadeiro desafio é aprender a diferenciar entre saber algo e entender o que fazer com isso. Enquanto o primeiro nos ensina o “o quê” e o “como”, o segundo nos guia no “porquê” e no “quando”.

Pessoas com menor nível de sabedoria tendem a tentar provar aos outros seus maiores conhecimentos, considerando suas habilidades bem acima da média, mesmo que seus argumentos sejam fracos. Isso acontece em todas as áreas do conhecimento humano, onde aqueles que têm menos sabedoria se comportam com mais autoconfiança, surpreendendo os outros. No entanto, os efeitos podem ser catastróficos, pois suas ideias e exemplos se desmoronam rapidamente ao enfrentarem os primeiros resultados de suas ações vazias e sem base.

Todos nós, em maior ou menor grau, temos um pouco desses comportamentos. Normalmente, a imposição perante os outros é uma forma de impactar e tentar demonstrar aquilo que não temos ou não somos. Um exemplo disso são as reuniões, nas quais participantes com esse tipo de comportamento se posicionam com base em um conhecimento superficial, mas com habilidades frágeis. Inicialmente, conseguem até calar os demais, mas, na hora da verdade, são colocados em dúvida pela falta de sabedoria. Isso também é visível nas rodas sociais, quando alguém com pouca sabedoria se impõe, tentando mostrar conhecimento, interrompendo frequentemente as conversas dos outros e se posicionando como um especialista superior.

O efeito Dunning-Kruger define bem essa situação, afirmando que somos imprecisos em avaliar nosso próprio conhecimento e sabedoria. O que acreditamos estar acima da média pode, na realidade, estar completamente equivocado, e, se os outros acreditarem nisso, podem tomar decisões imprecisas.

Sem sabedoria, o conhecimento pode ser usado de maneira superficial ou até prejudicial. Pessoas sábias sabem quando questionar, quando agir e quando esperar, enquanto o conhecedor sabe como executar.

Até a próxima!